segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Garimpando pelo mail da Luciane

Continuando minha viagem pelo mail da Luciane entrei no link de Artes em busca de algo sobre a Estética para que pudesse usar em meu TCC.

Encontrei o seguinte:

“Textos não são só aqueles formados por palavras e frases, que se encadeiam para ganhar sentido. Os grafites nas ruas, os comerciais da TV e as pinturas em livros e obras de arte são formados por sinais que precisam ser decodificados, lidos, para serem compreendidos. Somados aos textos verbais, essas linguagens ajudam os alunos a interagir com o mundo e a se expressar melhor.
Mesmo assim, por muito tempo, o ensino de Arte praticamente desconsiderou a necessidade de trabalhar a leitura de imagens e outros gêneros próprios da disciplina, sejam eles visuais, sonoros, corporais e, claro, textuais. Ainda hoje, a regra geral de boa parte das escolas é colocar os alunos para produzir sem que eles tenham um conhecimento adequado das obras artísticas.” (Disponível em: http//revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/arte-preciso-ensinar-ler-textos-palavras-525447.shtml).

Esse trecho esta dizendo a mesma coisa que Freire também diz, mas com alguma variação. Enquanto que em Freire a leitura de mundo procede a leitura da palavra, o texto da Nova Escola diz que para criar artisticamente o aluno precisa conhecer e interagir com o seu mundo.

Leitura de mundo em ambos é fundamental para uma prática consciente e dinâmica que expressa algo vindo do educando e não do educador.

Buscando outras referências

Confesso que ainda estava meio perdida, pois não sabia direito o que fazer, mas um mail salvador da Luciane trouxe a luz que eu queria.
Comecei a viajar pelos links que estavam anexados no mail e fiz uma viagem a um passado recente.
Perdi muito tempo, mas tive o prazer de ler sem maiores cobranças, sem pressa em escrever ou postar algo (mesmo a Anice cobrando).
Um dos links me levou a Escola, Cultura e Sociedade e lé fiquei explorando por muito tempo: lendo os textos e comentários de colegas.
Encontrei um texto de Marx e Engels que quando li a primeira vez, não me disse nada e agora, consigo estabelecer relações com o meu TCC, com o meu tema: a Ética.
Marx e Paulo Freire! Não tinha pensado ainda no assunto.
Quando inciei no Pead, os textos eram muito difíceis e extremamente complexos e, hoje, sinto-me bem a vontade para fazer ligações com outros textos, outros autores.

domingo, 5 de setembro de 2010

Iniciando TCC

Tenho como objetivo nesta pesquisa aprofundar como se dá, como acontece e se realmente acontece a ética entre os pares, entre os envolvidos em todo o processo educacional. Mas não gostaria de ficar somente na ética, gostaria também de desenvolver o estético na educação, ou melhor, na sala de aula.

Paulo Freire seria o teórico de referência, pois lendo seus livros deparei-me com os seguintes problemas: o que seria Ética (na educação) para Freire e como o indivíduo (aluno e professor) a elabora.

No TCC a minha maior preocupação é analisar nas obras Pedagogia da Autonomia e Pedagogia do Oprimido como ocorrem em Freire estas questões:

  • Para Freire o que seria Ética e como ocorre?

  • O que fundamenta a teoria ética freiriana?

  • Como se dá nas obras citadas esta relação?

  • O que torna relevante o estudo das dimensões éticas no pensamento de Paulo Freire para uma mudança real e efetiva da escola e da sociedade?

Lendo Paulo Freire percebe-se a grande preocupação que ele tem com o problema ético na educação e este é visto em todas as falas do autor: o problema comportamental de professores em sala de aula.

A ética não é algo novo em salas de aula, mas penso que deveria ser estudado com mais rigor por nós professores. (Não quero dizer que não sejamos seres éticos, mas sim, que às vezes a esquecemos).

Paulo Freire preocupou-se em estabelecer relações de como a ética se realiza dentro do processo educacional, pois segundo ele, homens e mulheres são seres históricos-sociais e, então, capazes de comparar, valorar, intervir, escolher, decidir, romper e assim, portanto, tornando-nos seres que vivem dentro de um sistema ético.

O sujeito em Freire está inserido no mundo e tem a confiança de transformar este, num mundo onde homens e mulheres possam ter uma vida digna e justa.

Segundo Freire, para o verdadeiro professor torna-se impossível ensinar eticamente se este ensinar não seja seguido da estética, pois tanto aprendemos como ensinamos a aprender . Essa relação entre a teoria e prática é algo apaixonante em Paulo Freire.

Gostaria também de costurar algo que envolva a preocupação ética do professor com:

pesquisa,

atualização,

consciência de tempo e história.