domingo, 30 de agosto de 2009

Muitos alunos chegam até nós com suas criatividades totalmente anuladas. Há, durante o processo de alfabetização, um abuso no uso de cópias xerocadas ou mimeografadas que vão aos poucos anulando a criatividade dos alunos.
Apresentamos textos sem a mínima preocupação com seu conteúdo, simplesmente o passamos para os alunos copiarem e fazerem a interpretação que já vem pronta nos livros. É mais fácil e menos trabalhoso. Passamos para os alunos um mundo estereotipado. Não permitimos aos nossos alunos fazer a leitura de seu mundo, para facilitar o apresentamos pronto, segundo a nossa visão.
Quando iniciei a dar aula, há muito e muitos anos atrás, eu também cometia esse tipo de erro em aula. Dava muitos desenhos prontos para colorir e ainda dizia quais as cores a serem usadas.
Com o passar do tempo comecei a me sentir insatisfeita e também me dar conta que algo estava errado.
Passei a ler sobre o assunto e a trocar idéias com outros colegas e aos poucos fui me dando conta dos erros que estava cometendo: não estava permitindo que meus alunos descobrissem o mundo, o seu próprio mundo.
Mudei de postura. Não dou mais desenhos prontos onde eles simplesmente tenham que desenhar, não apresento mais textos que não tenham referências para meus alunos. Procuro sempre algo de interesse geral. Passei a trabalhar mais com notícias de jornais, principalmente os locais, num constante estimular para a vida em comunidade, na apresentação de problemas e suas possíveis soluções. O desafio que eu teria com o “menininho” seria o mesmo que enfrento em todos os inícios de anos letivos. Às vezes resolvendo o desafio de forma fácil e natural, em outras, não tão fácil, pois terei que vencer as barreiras erguidas por alguns alunos ou mesmo pais.
Gosto muito (meus alunos também) de trabalhar com notícias de jornais. Fazer a leitura da mesma notícia em jornais diferentes. Analisar, discutir, apresentar soluções e escrever sobre o assunto, às vezes para criticar, outras para apoiar.
Utilizo-me também das histórias do cotidiano de meus alunos para contação de histórias, produções escritas, histórias em quadrinhos, situações problemas...
Na parte das artes o nosso principal trabalho é nos livrarmos da máxima “eu não sei desenhar!”
Estou usando e muito o “risco cego”. A técnica consiste em fazer um risco de qualquer forma em uma folha e a partir da análise do risco criar algo. A única exigência é que o desenho deve ser bem colorido e incluído em algum contexto (paisagem).
Os desenhos abaixo foram produzidos a partir de um risco comum, feito de forma manual, para cada um dos alunos:








Iniciando mais um semestre

Tracei alguns objetivos e me empenharei para atingi-los. São eles:
. não atrasar mais as postagens de atividades;
. manter o PA atualizado;
. participar efetivamente dos fóruns e, principalmente,
. não pegar mais recuperação.
Agradeço as professoras e tutoras que me acompanharam durante o período de recuperação. Estiveram sempre presentes e atentas aos meus pedidos de socorro. Muito obrigada Nádie, Melissa e Luciane vocês foram incansáveis e me atendiam nos horários mais "loucos" e sempre com carinho e incentivo.