Muitos professores estão em uma sala de aula, mas não tem a mínima consciência do que é ser educador. Simplesmente jogam para o aluno o conteúdo programado.
Sempre gostei da sala de aula e tentava sempre estar a par de leituras sobre a prática docente. Nunca me acomodei e sempre estive em busca de assuntos novos e atuais. Pesquisava muito, mas não me dava conta do ato de pesquisar.
Lendo Pedagogia da Autonomia de Freire percebi que muito, do que ele fala a respeito do “bom” educador, eu já vinha fazendo.
Eu já vinha desenvolvendo, mas sem me dar conta, a educação estética que Freire propõe.
“Saber que não posso passar despercebido pelos alunos, e que a maneira como me percebam me ajuda ou desajuda no cumprimento de minha tarefa de professor, aumenta em mim os cuidados com meu desempenho. Se a minha opção é democrática, progressiva, não posso ter uma prática reacionária, autoritária, elitista. Não posso discriminar o aluno em nome de nenhum motivo. A percepção que o aluno tem de mim não resulta exclusivamente de como atuo mas também de como o aluno entende como atuo. (FREIRE, 2006, p. 97)”.
Comecei a ver com maior nitidez o que seria um ato estético, ato que Freire tenta nos mostrar na Pedagogia da Autonomia. Cabe a nós educadores mostrar o que é o Belo na educação, o lado estético.
Lado estético que deverá ser mostrando desde o momento que o professor entra em sala, cumprimenta e fala com seu aluno.
Lendo e refletindo com Freire penso que consegui encontrar meu verdadeiro papel profissional, pois meus alunos apresentam interesse em descobrir, gostam de pesquisar, não são acomodados, mas ao mesmo tempo são tranqüilos e alegres.