O trabalho sobre etnias foi o mais gratificante para mim e penso que para meus alunos também.
Os frutos do trabalho ainda são colhidos na sala de aula até os dias de hoje. Minha turma se tornou unida com o reconhecimento das diferenças e se respeitam principalmente a partir disto. Sabem que são diferentes uns dos outros, com gostos diferentes e diferentes modos de pensar e de aprender.
Nota-se a amizade e o companheirismo entre eles. O clima de amizade e reconhecimento é tão grande, que recebemos um coleguinha novo, que antes apresentava problemas de agressividade e agora já se sente parte de um grupo que o respeita por ser que ele é e não por ser mais forte. Já consegue interagir com o grupo sem agressões, já consegue trocar sem se sentir prejudicado ou prejudicar alguém. Já é um aluno que se estudasse na escola do filme seria rotulado de normal.
Trabalhar etnias foi um trabalho libertador tanto para mim quanto para meus alunos, pois já não sentimos mais temor de falar a palavra “negro” dentro da sala de aula. Antes, em outros anos, me parecia que era algo de certa maneira forçado por mais que eu tentasse fazer de maneira natural, sempre me intimidava frente a um aluno negro. Me envergonhava, tinha medo de ofendê-lo!
1 comentários:
Esse medo de ofender ocorre exatamente pelo preconceito que há. No momento em que estudamos as etnias e ficamos a par de toda a história das raças parece que a ignorância desaparece, o respeito pelas diferenças ocorre e juntamente com o orgulho esse preconceito diminui, não é mesmo? Abraço, Anice.
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