Lendo, fico me perguntando se todas as pessoas que escreveram textos sobre a inclusão escolar de alunos com deficiências mental têm experiência de sala de aula. Sabem realmente como é a rotina de uma sala de aula de ensino fundamental? Se realmente são professores ou se suas palavras são vazias de experiência?
Se realmente já trabalharam em uma sala de aula lotada de alunos, onde ninguém quer saber o que está acontecendo desde que o professor esteja lá dentro?
Não sou contra a inclusão. Todos têm o mesmo direito a uma escola pública de qualidade. O problema está em não termos pessoas qualificadas para tal ou se temos eles não estão "preparados" para a sala de aula. Não considero inclusão simplesmente colocar um aluno com determinado problema dentro da sala, perguntar lá de vez em quando como ele está se desenvolvendo e dizer que ele está incluso. Inclusão vai muito além. É capacitar todo um pessoal para lidar com as diferentes diferenças que diferentes alunos terão. Tenho fé de que isso de fato ocorrerá, mas falta muito. Não temos professores suficientes e especializados para as classes consideradas "normais", imagina para classes com inclusão. Os professores já não têm mais tempo de preparar uma aula básica... Imagina uma aula diferenciada onde real e efetivamente a inclusão ocorra.
Por enquanto acho que é, ainda, um discurso vazio.
A realidade nos mostra que quanto mais um profissional se capacita, quanto mais se torna preparado para lidar com determinadas situações dentro da sala de aula, mais ele se afasta da docência. Vai para algum setor esquecendo que seria muito mais útil dentro da sala de aula.
1 comentários:
Olá, Elaine: Gostei do teu desabafo, porque ele diz muito. Realmente é necessário o respaldo de outros profissionais, conhecimento, troca de experiência e trabalho em conjunto. Não somente colocar o aluno em sala de aula e não dar o suporte adequado e a atenção necessária. A situação é difícil, mas não impossível. O desabafo, queixa, troca e sugestão são também ferramentas para o caminho da mudança. Abraço, Anice.
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