domingo, 16 de novembro de 2008

O nosso sistema educacional

Muito se lê e se ouve quanto à educação na região Norte e Nordeste do Brasil. A pobreza impera, os alunos são subnutridos, os professores não têm formação, as escolas estão caindo aos pedaços, os governantes são corruptos, a merenda escolar é desviada... Pobres alunos. Pobre povo...
Para nós que estamos no Sul, na região “rica”, o Norte e Nordeste fica lá longe, muito distante não é Brasil. Pelo menos parecia que era assim. Estávamos na “caverna” com a cabeça amarrada somente vendo as sombras no fundo e achando que a realidade era aquilo que estávamos vendo.
Hoje com o advento das tecnologias trocamos mensagens com professores de todos os cantos do Brasil, bem como de nossas cidades e começamos a perceber os problemas que os alunos enfrentam e também os problemas que cada um de nós tem, nos mais diferentes aspectos, no que tange a educação:
Dinheiro destinado à educação desviado.
Merenda que não chega as escolas ou quando chega está estragada.
Governantes que não pensam em educação em longo prazo.
Escolas sucateadas.
Violência adentrando as escolas.
Professores desmotivados pela falta de dinheiro e de respeito.
Escolas que não propiciam encontros de trocas de saberes.
Professores que para sobreviverem têm uma longa jornada de trabalho.
Essa é a realidade da escola pública.
Pais com mais conhecimentos e mais politizados procuram escolas particulares para seus filhos. Mas não é a solução. Um bom pai fiscaliza e cobra uma escola de qualidade para seu filho.
Mas penso que não se pode somente culpar o Estado pelos problemas educacionais encontrados, pois a grande parte dessa culpa cabe aos professores que desmotivados, ou não capazes de um emprego melhor, não fazem um bom trabalho e colocam a culpa no sistema de ensino.
Os governos poderão fazer o impossível para melhorar todos os aspectos que citei anteriormente se o professor não tiver Vontade tudo continuará a ruir, o diferencial ainda está na figura do professor. Um bom professor, consciente de seu papel e com boa formação será o diferencial entre uma escola e outra, entre uma rede de ensino da outra.
Um bom dirigente estadual propicia melhores condições para escola e melhores condições de vida para professores, bem como fiscaliza e cobra.
Os professores das regiões mais pobres do Brasil se melhor remunerados e melhor preparados para a função com certeza mudarão os rumos das escolas e diminuirão as diferenças entre as regiões brasileiras. Porém é algo que depende da vontade política dos governantes e a educação, com certeza, não é o que move essa vontade.
E se essa vontade não aparecer as escolas particulares continuarão enriquecendo seus donos e as públicas continuarão a lidar com problemas de todas as ordens..

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