domingo, 28 de setembro de 2008

Paulo Freire e Maturana.

Luciane M. Corte Real em seu texto diz “Quando, numa conversação, muda a emoção, muda também o fluxo das coordenações de coordenações comportamentais consensuais e vice-versa. O entrelaçamento do linguajar com o emocionar se estabelece na convivência, adquirindo uma estabilidade que gera consensualidades. Podemos observar redes de conversação que configuram relações hierárquicas baseadas no medo. Outras, que configuram relações mais heterárquicas, baseadas no amor. Se levarmos isso ao cotidiano das relações entre educadores e educados, também podemos verificar que tais emoções condicionam posições frente à aprendizagem, facilitando-a ou dificultando-a.”
Paulo Freire (Pedagogia da Autonomia, p. 69) diz que historica e socialmentes, nós homens e mulheres nos tornamos os únicos capazes de aprender. Somos os únicos seres “em quem aprender é uma aventura criadora”. Aprendemos e aprender para nós é construção, reconstrução. E essa construção e reconstrução são muito mais do que algo condicionado.
Percebe-se na fala dos dois autores a importância da linguagem, pois é ela, a linguagem, que determina a posição do homem no mundo e estabelece o desenvolvimento humano. E falar está diretamente ligado ao escutar e somente que escuta é capaz de “falar” como afirma Freire (p.113). E esse falar podemos entender em Maturana como “determinado encontro com o outro”.

1 comentários:

Tutora Daisy disse...

Bela postagem, Elaine!
Isso aí!
Você compreendeu que tipo de mensagem esperamos no portfólio, ou seja, uma reflexão, com relações entre autores, com as disciplinas, com a prática.

Não quer dizer que não podem postar um vídeo, um slide show, pelo contrário, é interessante. Entretanto, é importante associar algum complemento com a opinião de vocês, relacionando a algo do PEAD, das suas aprendizagens, etc.

Jóia!
Abraço