quarta-feira, 19 de maio de 2010

Projeto II

Quando nos era cobrado o trabalhar com algum projeto era algo que ficava muito solto, muito vago e muito difícil de seguir.
Como acontecia? Ou como não acontecia?
Era feita uma reunião por série e nos orientavam a fazer um “projeto” sobre determinado assunto. Também ficavam pré- estabelecidos todos os passos.
Era também determinado como devia ser feito e quais as atividades deveríamos desenvolver, quais trabalhos nós deveríamos apresentar e de que maneiras, bem organizadas, estas apresentações deveriam ser.
Claro que raramente dava certo (falando sob o ponto de vista do professo e não do aluno) e as cobranças eram cada vez maiores. Eram projetos somente no papel, para os outros verem, visitarem e serem expostos em determinado local da escola.
Trabalhávamos em agonia. Fazíamos todos os trabalhos para serem apresentados e o aluno era pouco ou nada envolvido.
Ficamos certa vez sem supervisora. Todas as professoras que assumiam a função ficavam por pouco tempo e tinham que sair por motivos diversos: ou por que ainda estavam em estágio probatório, ou por que foram nomeadas em alguma prefeitura, ou por que precisavam estudar durante a tarde.
Começamos a trabalhar então com a ajuda da supervisora da área ( nossa escola tinha duas supervisoras: uma para o currículo e uma para a área).
E esta nos perguntava como estava o projeto, o que os alunos estavam desenvolvendo, como estávamos desenvolvendo a autonomia em nossos alunos, os prazos estavam sendo seguidos; as situações independentes, como estávamos trabalhando (?!) , como estávamos mediado os sonhos de nossos alunos com os projetos pensados por nós e, principalmente, o que tínhamos projetado estávamos alcançando.
Todas estas questões nos eram lançadas nas reuniões de turmas, mas não em forma de cobrança e sim como uma forma de ajuda. Começamos a nos interessar pelo assunto e a criar, no princípio, projetos pequenos com um tempo pequeno de duração e, aos poucos começamos a sonhar para mais tempo.
Percebemos que o projeto era algo pensado em relação ao aluno e que este também deve ter claro o que queremos em conjunto. Isso era o que faltava: trabalhar em conjunto para sanar determinados problemas.

2 comentários:

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Elaine:

Aqui desabafas, no entanto, tb trazes aspectos reflexivos, pois dá para perceber o avanço das diferentes visões ao longo do curso sobre como trabalhar com os alunos; como ampliar a aprendizagem; como prender sua atenção e dar sentido, não é mesmo?

Grande abraço, Anice.

Anice - Tutora PEAD disse...

Olá, Elaine:

Estamos sentindo falta das tuas contribuições.

Aguardaremos novas postagens, certo?

Grande abraço, Anice.